Blog amigos da rainha

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Daniela Mercury comenta elogio de Camille Paglia

Em entrevista a uma televisão local, a cantora Daniela Mercury, que no Carnaval deste ano homenageou as décadas de 50, 60, 70 e 80, comentou sobre o artigo feito por uma das mais influentes escritora contemporânea, a americana Camille Paglia (60).

Paglia é PHD em língua inglesa pela Universidade de Yale. É considerada uma das principais críticas do feminismo, especialmente o "puritano" e o "Stalinista". Ela ainda tem algumas particularidades por ser uma ateísta que respeita a religião e uma classicista que defende tanto a arte elitista quanto a popular, com uma visão de que o ser humano tem uma natureza irresistivelmente dionisíaca, especialmente no aspecto mais selvagem e obscuro da sexualidade humana.

Em junho de 2008 a escritora esteve no Brasil no Seminário Braskem, Fronteiras do Pensamento, no Teatro Castro Alves. Em Salvador, ganhou um kit com os DVDs de Daniela Mercury e ficou encantada. "Eu me senti como se tivesse sido atingida por um raio, causando uma misteriosa reorganização das minhas células cerebrais. Meu tédio e desilusão com a cultura popular, que se intensificaram nos últimos 15 anos, pareciam ter desaparecido", escreveu em um artigo entitulado "O poder natural de Daniela Mercury" publicado na Revista Salon. (Leia o artigo em português no site da cantora Daniela Mercury).

A escritora quis conferir a apresentação da musa baiana de perto e veio para o Carnaval de Salvador este ano. Esteve no trio domingo e segunda sentindo a energia do povo baiano.

Daniela disse que se sente lisonjeada pelo comentário, elogiou a cantora Madona, com quem foi comparada por Paglia. "Madona é uma inspiração para todos grandes artistas do mundo". Mas Mercury frisou que ela sempre buscou ser ela mesma, com a brasilidade e baianidade.

Daniela Mercury lançará em abril deste ano o seu novo álbum, entitulado Canibália. No Carnaval deste ano já cantou algumas das músicas que estarão no novo Cd, como Preta, Trio em Transe, Oyá por nós (seu novo hit), O que é que a Baiana Tem, Sol do Sul, Tico-Tico no Fubá e o samba da minha Terra.

Fonte: Folha Salvador

2 comentários:

Anônimo disse...

e ai galera! acho a Dany a melhor da Bahia e uma das maiores cantoras do páis, agora compara-la com Madonna que é um mito, que mudou comportamentos, quebrou tabus e tornou-se icone maximo da cultura pop é força a barra. Para mim Camille está ressentida com a pop Star e buscou em Daniela um bode espiatorio.

Deise Guedes disse...

Sou fã da duas. Eu entendo perfeitamente a colocação da Camille e concordo. Ao meu ver, a diferença é: Madonna é uma grande cantora que mexeu e mexe muito com os tabus sexual das pessoas, até mesmo, para ajustar os tabus dela. Daniela Mercury é uma cantora que faz arte, canta canções com foco na semiótica da cultura brasileira. Não me lembro de nenhuma uma canção de Madonna que englobe conteúdo histórico americano. Que leve qualquer premissa de arte americana. Agora, Daniela apresenta em seu repertório várias destas canções.
Pra mim, DM é maior que Madonna em extensão artística. Nem se compara. A grande questão, é Madonna nasceu em um país de primeiro mundo e que investe muito na arte. Daniela nasceu aqui no Brasil, na região nordeste do país. Num Brasil que Não investe na arte e apresenta regiões como a que nasci Sudeste(São Paulo), Centro-Oeste e Sul, muito preconceito com nordestino e nortista. Eu como paulistana, vejo Daniela Mercury como um símbolo da valorização da arte, do nordeste e do país. Ela tem orgulho de ser nordestina e brasileira. É uma artista que faz arte com base nas raízes nativa para apresentar ao mundo. Isto é lindo. O povo brasileiro, em sua maioria, acaba valorizando os de fora, se colocando como inferiores, é precisa mudar a mentalidade.

Daniela Mercury te amo.

Ps. Pessoal do Blog Amigos da Rainha, Parabéns pelo trabalho de vcs.
Beijos