Blog amigos da rainha

sábado, 15 de novembro de 2008

Daniela Mercury: "Fiquei lisonjeada ao ser comparada com Madonna"

Precursora do sucesso dos artistas baianos, Daniela Mercury disse, em entrevista à Gazeta do Povo, que ficou lisonjeada com a comparação de sua carreira com a carreira de Madonna feita pela escritora norte-americana Camille Paglia em um artigo publicado em junho passado. "Fiquei feliz, mas não alimentei polêmica. Foi positivo. É uma situação que valoriza o Brasil", disse a cantora.

Nesta sexta-feira (14), no Curitiba Master Hall, Daniela Mercury faz o show de encerramento da turnê do seu último disco, “Balé Mulato”, o 12º nos 19 anos de carreira. “Estava lembrando os primeiros shows que fiz aqui. Era aquele estranhamento. Hoje já mudou", comentou.


Confira a entrevista com Daniela Mercury.

Já é hora de encerrar a turnê do Balé Mulato?

O Balé Mulato surgiu há dois anos quando fiz uma pesquisa sobre cultura popular brasileira para o Carnaval. Procurando um nome que representasse o Brasil descobri que mulato é um nome criado no Brasil e que não tem tradução. Achei interessante e fiz esse disco com a intenção de valorizar a cultura brasileira de várias regiões. O show é bem lúdico, muito colorido, brasileiro, com muita cultura nordestina. Parece um teatro mambembe com músicos pintados. Começo com uma versão para “Aquarela do Brasil” em samba de roda e daí segue. É um show alegre e vibrante com músicas dançantes, balada, rock, música eletrônica. Canto músicas de toda a carreira. Sou um artista do samba-reggae eclética.

Você também comemora no show os 15 anos do Canto da Cidade?

Sim. Foi um disco muito importante na minha carreira. Alcançou o primeiro lugar em rádios de todo Brasil. Foi o disco que me lançou. Teve até um especial sobre a minha carreira exibido pela Rede Globo, que também fez grande sucesso no exterior.


Quais são seus planos com o fim da turnê do Balé Mulato?

No primeiro semestre de 2009 devo lançar meu novo disco. Há um ano que venho trabalhando nele. É um disco de novas sonoridades. Tem uma música que é minha e do meu filho Gabriel Povoas, “O Sol do Sul”. A música fala “Trago o sol e nos meus olhos o farol...”. Como viajo o mundo todo, queria falar disso, de levar o sol. Mas disco é uma coisa que você não termina nunca. Você abandona porque sempre tem alguma coisa nova pra fazer.


Você foi precursora do axé music e é até considerada rainha deste gênero musical. Como se sente com tantas outras cantoras que surgiram no seu rastro como Ivete Sangalo e Claudia Leitte?

Acho que o importante é ter uma identidade. As meninas que chegaram estão aí buscando sua identidade. Acho que é natural.


Com tanto tempo de carreira você está sempre se reinventando. Qual a inspiração para sua música?

Eu gosto do afro e da música negra. Procuro fazer pesquisas nessa área. Misturo afro com outras sonoridades como a música eletrônica e mais recentemente com músicas da cultura popular do Brasil. Há 10 anos, coloquei a música eletrônica no Carnaval da Bahia e agora está cheio de DJ no Carnaval. Estou sempre procurando me renovar. É importante a pesquisa, a inovação. Se você vir os discos antigos e novos percebe que sempre estou buscando um lugar, uma experiência nova.

Em junho, a escritora e intelectual Camille Paglia publicou um artigo em que compara você com Madonna. Como você recebeu esta comparação?

Fiquei lisonjeada. Madonna é uma artista interessante que sempre observei, mas sempre busquei ser diferente. Fiquei feliz com a comparação, mas não alimentei polêmica. Achei positivo e valorizou a gente, os artistas do Brasil e até mesmo meu trabalho cênico, que sempre exploro nos shows. A Madonna tem uma estrutura cênica de palco maravilhosa. Mas foi uma visão de Camille Paglia, uma intelectual que se encantou com meu trabalho. Ela sempre falou bem de Madonna, só que ficou desencantada com um show dela. Disse que a Madonna perdeu suas raízes. É a compreensão de uma crítica de arte. Eu procuro valorizar minha cultura, explorar a música afro com a música brasileira, que é a minha experiência de vida.


Você vai assistir ao show de Madonna no Brasil?

Eu vou estar em Portugal. Já vi alguns shows de Madonna. Vou ver se consigo retornar para assistir ao último show dela no Brasil.


Além de artista, você desenvolve um trabalho social através do seu Instituto Cultura Sol da Liberdade e como embaixadora do Unicef. É um trabalho que você gosta?

Sempre que posso participo de campanhas. No último fim de semana, estava em São Paulo participando do Teleton. Acredito muito na cultura como forma de fortalecer lutas políticas. A arte bem feita ajuda as pessoas. Acho que a cultura é a segunda família do indivíduo. Reforça as relações com a sociedade e com o país. Acredito na cultura como forma de crescimento e fortalecimento das comunidades.

Fonte: Gazeta do Povo

Um comentário:

Anônimo disse...

Hey...Obrigada pela visitinha no Alyssa Brasil!

Que bom que a telecine sempre vive passando filmes com a Alyssa.

Infelizmente não vi Wisegal...

Há...Muito Lindo o seu blog!

adoro também a Daniela Mercully

ela é minha xará!