Blog amigos da rainha

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

EXCLUSIVO: Trechos inéditos da entrevista com Daniela

No último sábado (13) o jornal Diário de Natal publicou uma entrevista com Daniela, feita pelo jornalista Edwin Carvalho, que já foi publicada aqui no blog. Agora, vamos publicar com EXCLUSIVIDADE trechos da entrevista que não foram publicados no jornal. Confiram:

O seu filho Gabriel Póvoas (músico) está prestes a ser pai. Você já se acostumou com a idéia de ser avó aos 43 anos?

Está parecendo mais que vou ter um filho do que um neto. Realmente demora a cair a ficha quando a gente faz tudo muito cedo. Tive filhos muito jovem. Gabriel casou também muito cedo, fez música muito cedo e está fazendo bebê muito cedo (risos). Ele estava brincando comigo perguntando quem ia tomar conta e eu já disse que a avó viaja demais. Estou empolgadíssima com essa novidade e acabei de saber que será uma menina. Estou curtindo muito esta promoção a avó.

Você está há mais de dez anos como Embaixadora do Unicef no Brasil e anunciou a criação do Instituto Sol da Liberdade, que vai desenvolver projetos sociais. Como vai funcionar?

Já desenvolvo um trabalho social intenso à frente do Unicef e apoiando iniciativas como a Comunidade Solidária, que participei, e as ações do Projeto Ayrton Senna, ações efetivas de cidadania. O Instituto Cultural Sol da Liberdade tem como foco reforçar a importância da arte dentro da educação de todos os brasileiros. Fico muito feliz como artista de ter colaborado para que fosse sancionada a lei que retoma a música para o currículo escolar das crianças brasileiras. Hoje, dentro da disciplina de Educação Artística, há uma sanção presidencial, que determina que sejam dadas aulas de músicas por professores especializados nas escolas de ensinos fundamental e médio. O Sol da Liberdade vem reforçando essas ações. Estamos desenvolvendo um projeto junto com a ESPN e o Unicef que é a Caravana da Música, percorrendo cidades de baixo índice de desenvolvimento humano do Brasil inteiro, com professores de esporte, música e dança que oferecem cursos de graça para as comunidades e escolas. E agora vamos promover espetáculos para que a grande massa da população possa ter acesso a todo tipo de arte e despertar as crianças e jovens a terem a arte inserida dentro do currículo escolar.

Como Embaixadora do Unicef e defensora de tantas questões sociais você não acha que a classe artística brasileira poderia se comprometer mais na busca pela solução dos problemas do país?

Quase todos os artistas brasileiros fazem campanhas quando são convidados. Nem todos têm esse interesse tão grande em conhecer a situação social brasileira, mas acho que todos são sensíveis às dificuldades que o país enfrenta. Dezenas de artistas fazem campanhas com diversos objetivos. O povo brasileiro é muito solidário e os artistas, de um modo geral, também são. Mas claro que há alguns com mais interesse e outros não. Os artistas têm um potencial de comunicação maior e devem se envolver em campanhas sociais desde que saibam o que estão fazendo. Quero aproveitar e fazer um convite aos empresários nordestinos, que podem se envolver mais nas causas sociais do Nordeste. Viviane Senna me disse uma vez que tem muita dificuldade em convencer os empresários do Sul e Sudeste do país a investirem no Nordeste e que seria maravilhoso que os empresários nordestinos se envolvessem mais em ações sociais idôneas, como as que são desenvolvidas pelo Unicef ou pelo Instituto Ayrton Senna.

Que tipo de envolvimento você sugere?

O Nordeste precisa de muitos investimentos na área de educação. No Sul do país tem uma quadra de esporte para cada seis escolas enquanto no Nordeste são 26 escolas para cada quadra de esporte. As taxas de analfabetismo também são muito maiores no Norte e no Nordeste. É preciso que toda a sociedade nordestina se mobilize pela melhora da qualidade da educação. Hoje temos governadores muito bons no Nordeste, mas a sociedade precisa se mobilizar. Ouvi de alguns governadores que quem mais pressiona é quem mais leva. Então, é preciso pressionar. Para cada ano de escolaridade no Brasil há um aumento médio de 15% da renda. Os empresários podem ser importantes aliados para contribuir para o aumento da escolaridade na região, seja adotando escolas, construindo quadras de esportes ou apoiando projetos sócio-educativos. Não dá é pra ficar colocando a culpa só nos governos.

Foto: Victor Guedes / Fã-Clube Amigos da Rainha

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