Blog amigos da rainha

sábado, 30 de janeiro de 2010

Matéria sobre Daniela Mercury na Tv Cabo Branco JPB 1ª Edição

Mais fotos EXCLUSIVAS do Show Canibália em Natal e João Pessoa!

Mais fotos EXCLUSIVAS do Show Canibália em Natal e João Pessoa!

ENTREVISTA – DANIELA MERCURY


Por Edwin Carvalho

Daniela Mercury não cansa de se reinventar. Percorrendo o Brasil com show e disco novos na praça, a eterna Rainha do Axé ainda encontra tempo para conceber novas formas de interagir com o público. Este ano, além de fazer mudanças no show Canibália, vai estrear como produtora cinematográfica, produzir um documentário sobre o axé e promover encontros multiculturais em diferentes partes do país, em que dividirá o palco com representantes de outras artes que não apenas a música e a dança. Em meio à maratona de ensaios e preparativos para o carnaval, Daniela conversou comigo para uma reportagem especial para o Diário de Natal e para o BLOG AMIGOS DA RAINHA. Neste bate-papo por telefone, que teve início às 22h57 e se estendeu por quase uma hora, Daniela anunciou as novidades que está preparando para 2010. A íntegra da entrevista você confere agora.


Você tem percorrido o Brasil com o show Canibália, que já passou por algumas modificações desde o lançamento da turnê, no meio do ano passado. O que mudou no show?

No Pôr do Som eu inseri mais músicas do disco novo, Canibália, que tem muitas regravações, músicas que já são conhecidas do público, as pessoas interagem muito com o show. O show tem muito de MPB. É um show vibrante, percussivo, mas também de muita MPB. É o meu axé, impregnado de MPB. É um show montado que busca fazer essa homenagem. Tenho apresentado Canibália na íntegra, um show ainda maior do que eu apresentei no Rio e em São Paulo, mais parecido com o que eu fiz no Por do Som em Salvador. Tem Castelo Imaginário, Dona desse Lugar. Começa com Candomblé, depois danço sozinha. Depois vem Samba da Minha Terra, Samba da Benção e Na Baixa do Sapateiro. É um show que tem muita delicadeza. É um show dançante, alegre. Misturo alguns dos meus maiores sucessos com as músicas novas: Oya por Nós, Preta, Andarilho Encantado, que é uma homenagem ao trio elétrico e aos 25 anos de axé. Faço também um mix de samba reggae, Swing da Cor, Rosa, uma homenagem a Neguinho do Samba, Quero a Felicidade, Rapunzel, Ilê Pérola Negra. Releituras gostosas e alegres, como em O que é que a baiana tem. O que Será é um momento lindo. O que importa é emocionar as pessoas e não apenas fazê-las dançar. Quero deixar poesia, delicadeza surpreender as pessoas com canções que elas ainda não ouviram como Trio em Transe, que homenageia o cinema brasileiro e fala do homem como recriador do seu próprio mundo, com a sua imaginação. Canibália é uma homenagem a Clara Nunes e a todos os sambistas brasileiros. Tem baião no meio, rock, Tempo Perdido misturada com Como Nossos Pais, falando dessa transição de gerações. O show não somente traz as variações da música negra, desde o candomblé para o samba, com influência da música latina, do samba, da salsa, como em A Vida é um Carnaval. Cada parte tem um simbolismo. É um show de muita diversidade rítmica.


Como você define o disco Canibália?

O trabalho é muito pop, absorve influências do eletrônico, da música urbana, que dialoga com o mundo de modo muito contemporâneo. O primeiro disco de música eletrônica no Brasil é de Subba, que é de 2000 e Sol da Liberdade também é de 2000. Eu comecei a fazer pesquisa de música eletrônica em 1999, por causa de minhas viagens. Criei um jeito próprio de fazer música eletrônica, inserindo as sonoridades, as batidas. Isso fez minha música ficar renovada de sonoridade de batidas. Minha música tem funk, reggae, rock. Sol do Sul é um reggae leve. Encontro formas de fazer minha música rítmica, porém renovada. Tenho influência da embolada, do repente, do maxixe.



O disco Canibália é parte de um projeto muito mais ambicioso que o lançamento de cinco capas. O que mais pretende inventar com esse projeto?


Este ano vem um DVD. Estou formatando se será com clipes. Estou com duas idéias, mas adianto que será um DVD musical. Também vou começar, assim que acabar o carnaval, saraus, que serão encontros com artistas de várias vertentes e não só de música, mas de artes plásticas, cinema, dança. Vamos bater papo sobre o cenário artístico brasileiro em vários lugares do país. Vou fazer inicialmente esses encontros na Bahia e em São Paulo, onde tenho casa. Serão encontros registrados sobre o cenário artístico brasileiro dos últimos vinte anos. Será uma forma muito livre sobre o que nós artistas achamos do cenário artístico brasileiro. O Brasil escreve poucos livros e tem poucos documentos da vida artística e da própria cultura brasileira. Quando pesquisei o folclore do Brasil há dois anos no carnaval tive imensa dificuldade de encontrar registros, fotos das manifestações culturais folclóricas brasileiras. Imagine o que está passando com o tempo.


Você também anunciou que lançaria um documentário. Como está este projeto?


O documentário longa-metragem já está pronto, se chama “Música Mãe da Dignidade”, que tem a ver com o meu trabalho social, mas é um documentário sobre o que significa a música, como a música transforma e liberta. Feito com quatro protagonistas. Estou como produtora cinematográfica. E tem mais o documentário do axé que começa a ser filmado a partir deste carnaval. A idéia é fazer um manifesto de afirmação do gênero. Não é pautado em mim. Ele vai mostrar as sínteses mais importantes, os músicos, os compositores. Uma mostra musical, mas que conte de forma consistente e tente definir este gênero com muitas vertentes que é o axé.


Mas, afinal, como você define o axé?

O axé não é um ritmo, é um gênero com muitas vertentes, como a MPB. A MPB é uma grande mãe que vai abraçando vários gêneros. O axé é uma derivação da MPB, é uma MPB dançante. O axé é uma mistura de frevo, galope, samba, samba reggae. Tudo isso é MPB totalmente. É uma MPB festiva, uma MPB de verão.


Este ano o axé comemora 25 anos de existência. Ainda há preconceito em relação ao gênero, seja por parte dos críticos ou do público?

Fora do país há um reconhecimento artístico que eu não posso reclamar. Também fui muito bem acolhida quando cheguei no Brasil com o Canto da Cidade. Eu não busco a unanimidade nem acho que o axé terá unanimidade como qualquer outro gênero. Nosso maior desafio é nos fazer compreender. É mais fácil compreender o axé e se identificar com o axé no Nordeste. O axé é uma música solar, assim como o Brasil é um país solar para o mundo. Em São Paulo, por exemplo, há pessoas que adoram o Nordeste mas não compartilham dos mesmos afetos de nós nordestinos. E acho isso natural. Estou morando em São Paulo e dialogando com grupos de críticos. Mas a melhor maneira que eu tenho de emocionar é cantando. É tocar as pessoas pelo inconsciente. Pela racionalidade, não se explica a arte, a cultura. Destruo qualquer preconceito para perceber o que há de novo. Gosto de coisas novas, diferentes. Tem gente que não. As pessoas adoram o axé na maioria dos estados brasileiros.


Você tem intensificado sua agenda de shows pelo Nordeste. Essa agenda pode se estender para as micaretas da região?

No ano passado fiz uma micareta no interior de São Paulo. Acho divertido fazer micareta eventualmente, embora não seja minha intenção fazer tantas. Mas fazer esporadicamente é prazeroso, principalmente nos lugares em que as pessoas tem relação forte com a festa. No Nordeste todo, as pessoas tem uma ligação com as festas de rua. A gente se entende em termos de discurso, quando a gente fala de negritude, nos assuntos que estão nas letras de nossas músicas. As pessoas abraçaram a música da Bahia como uma das vertentes nordestinas. É bem simbólico e muito justo no sentido de celebrar junto com o Nordeste os 25 anos de axé. De Fortaleza à Bahia, principalmente, o Nordeste gosta muito do axé. Estou aberta a fazer algumas micaretas. Estou torcendo para fazer shows no São João. O Canibália vai se adaptando ao São João, a eventos diferentes. O Brasil é muito diverso. Já venho cultivando essa volta ao Nordeste. Nos últimos dois ou três anos tenho aberto mão de passar mais tempo no exterior para fazer mais shows no Brasil. Eu prometi que faria isso. Continuo com uma carreira fora do país. Tenho shows marcados durante o ano na Europa e na África e, muito provavelmente, Estados Unidos também. Mas tenho organizado as turnês de maneira que eu não fique muito tempo afastada.


Você é uma artista que recebe muitas solicitações para shows populares (gratuitos) e fechados, cada um com públicos bem distintos. Isso influi no repertório do show?

Eu sou uma artista que adora fazer shows abertos, mas sou a mesma independente do show ser aberto ou fechado. Estou acostumada com a multidão do carnaval de Salvador. O show de rua só vem a fortalecer o turismo do Nordeste, por meio da cultura. Fico feliz de estar em contato com o público e ao mesmo tempo contribuir para o turismo de cidades que eu quero tanto bem. Me sinto muito à vontade em shows grandes. Quando tem mais gente sinto mais força do público. São mais pessoas cantando. É uma grande chance para mostrar o meu trabalho para algumas pessoas que talvez não tivessem a oportunidade de conferir um show fechado. É mais prazeroso fazer shows de rua. Os meus shows já são montados pensando num grande público. Meu show foi feito para grandes lugares.


Este ano você promete mais uma vez surpreender o público no carnaval (ela ainda não havia divulgado que traria uma orquestra para cima do trio). Que surpresa será essa?

Será uma intervenção tão radical quanto as outras. Um contraste, uma coisa que nunca foi feita. A população já me entende, vai acolher e vai se emocionar. Só vai fazer o carnaval ficar mais bonito. Tem a ver com a música Andarilho Encantado. Este vai ser um carnaval muito lúdico, de muita fantasia. O abadá nos limita muito. Tenho tentado inovar com os abadás. Só não fiz ainda um bloco à fantasia porque o público prefere o abadá. Mas este ano vou fazer uma provocação no bloco. O melhor jeito de curtir carnaval é fantasiado. Mário Cravo defendia que o carnaval não perdesse as características, não se pasteurizasse. Já fiz várias inovações tanto musicais quanto na estética do trio. Quero que os foliões do Crocodilo usem fantasias além do abadá, estejam maquiados, com cabelos diferentes. A pipoca virá fantasiada. Todos os dias terão homenagens, mas a principal surpresa será no sábado.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Daniela Mercury confirmada para Exporriso em maio

Confirmada para os dias 7 a 13 de maio, a Exposição, Feira Comercial e Industrial de Sorriso - Exporriso - começará em grande estilo com o show da cantora baiana Daniela Mercury. A confirmação foi feita ao Só Notícias pelo presidente da comissão organizadora, Alei Fernandes. Estão definidos também shows de Nechivile para o dia 8, Saulo Roston (que venceu recentemente um concurso de música promovido por uma emissora de tv) dia 9; Banda Djavú e Dj Carlinhos Portugal dia 12. O encerramento ficará a cargo de Anselmo e Rafael. "Os shows para os outros dias [10 e 11] ainda estamos fechando", destacou Alei.

O presidente destaca que a intenção é atrair também um bom público pelo show de prêmios. "Todos os dias haverá o sorteio de um carro popular e uma moto e, no último dia 13, será um Pálio e uma caminhonete completos", disse o presidente. A cartela que permitirá o acesso ao parque de exposição custará R$ 50.

A programação da Exporriso englobará ainda palestras, leilões e uma etapa do Circuito Estadual do Rodeio de Montaria. "Na verdade seremos a segunda etapa mas teremos somente montaria em touros", explicou. O cronograma completo deve ser divulgado ainda em fevereiro.

No ano passado, aproximadamente 100 mil pessoas passaram pelo parque do CTG em seis noites de feira. Foram pouco mais de 200 terrenos vendidos para expositores, além de contar com shows nacionais e regionais e outras atrações.

Além de Sorriso, começam a ser preparadas também as exposições de Sinop, marcada para 5 a 13 de junho; a de Alta Floresta entre 26 a 30 de maio; a de Colíder, agendada para os dias 17 a 25 de julho e, de Lucas do Rio Verde, nos dias 4 a 8 de agosto.

Fonte: Só Notícias

Daniela Mercury traz Canibália a Florianópolis

Revista Making Of - Comunicacao, Publicidade, Propaganda, Marketing, Entretenimento, Cultura, Eventos, Vaga de Emprego e Web em Santa Catarina

Iniciada em agosto de 2009, a turnê do show Canibália, de Daniela Mercury, passa por Florianópolis na próxima quinta-feira (28/01), às 22h30, dentro do projeto de shows de verão do Costão do Santinho Resort & SPA. Com ingressos disponíveis para o público em geral (R$ 60,00 na pista e R$ 140,00 nas cadeiras), a apresentação será no pavilhão Tuguá, inaugurado em maio de 2009 por conta do encontro do World Travel and Tourism Council (WTTC), com capacidade para 3 mil pessoas.Depois de três anos com o bem sucedido Balé Mulato, sucesso de críticas, ganhador do Grammy e assistido por centenas de milhares de pessoas em todo o mundo, Daniela Mercury decidiu reunir as suas referências musicais e artísticas em um projeto múltiplo, cujo principal lema é o afeto. Essa é a essência do show Canibália.

“Canibália é a celebração da nossa mestiçagem. É um manifesto de afeto. Uma homenagem a criadores e criaturas. Nasci canibalista, exacerbadamente antropofágica, sem pudor de misturar tradição e invenção”, declarou Daniela. O show faz parte de um grande projeto homônimo e nos próximos três anos, além do espetáculo, serão lançados dois álbuns; um DVD; dois documentários; uma exposição de artes, com uma instalação musical e outras surpresas.No palco, a dança divide a cena com a música, num espetáculo vigoroso e poético, alegre e profundo. As raízes do candomblé estão presentes nas batidas e danças que se misturam com música eletrônica. Haverá ainda uma homenagem a Carmen Miranda, como parte da celebração do centenário da artista. O rap, o hip-hop, o funk, a salsa e o merengue, o rock e a marca mais particular da artista, o samba-reggae, além de outras tantas influências da vida e da carreira de Daniela estarão no palco. A turnê Canibália é destinada a percorrer o mundo - já passou por cinco cidades portuguesas, três cidades argentinas e agora segue para uma turnê latinoamericana.

Fonte: Revista Making Of